terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

"O Homem que ri" (1928) arcos do expressionismo alemão



Ele vai escrever sobre o Coringa? Mas é óbvio que vou escrever sobre o Coringa? Antes de mais nada uma pequena ficha : Nada se cria, tudo se copia...bobagem. “O Homem Que Ri” lançado em 1928 pelo Diretor Paul Leni, considerado como uma das últimas obras do expressionismo alemão, feita nos Estados Unidos pela Fox, baseada na novela de Victor Hugo escrita em abril de 1869, descreve com ambição a história de um homem que perde tudo, um homem desfigurado, descaracterizado, cujo as emoções não podem ser interpretadas e por falar em interpretação não podemos esquecer que o protagonista  Gwynplaine interpretado pelo gigante Conrad Veidt deu início não só à imagem do Coringa, mas corpo e alma. Bob Kane bebeu da fonte do Primeiro filme do expressionismo alemão, “O Gabinete do Dr. Caligari”, neste filme Conrad interpreta Cesare, praticamente o corpo e a alma do Coringa, querem saber porque, assista ou espere até a semana que vem para eu escrever sobre. Se Gwynplaine é o rosto, Cesare é o corpo inspirador pelas criaturas do expressionismo alemão, é o corpo e a mente do Coringa de Bob Kane e de por incrível que pareça Ozymandias de Alan Moore, os nomes de Veidt e Veigt outro personagem da DC combinam  uminspiração para caracterizar o genio aligno desta criatura vilanesca das páginas de Watchman.
No título escrevo arcos do expressionismo e não marcos e é proposital. Primeiro, marco fica ruim porque era a moeda deles, segundo usando a palavra arcos eu posso desenhar com as palavras e em terceiro com arcos utilizamos refêrencias para diferentes ícones da cultura pop. Por exemplo, não tem cabimento o remake de 2012 de “O Homem que Ri” porque ele praticamente está fora de seu tempo, ou seja, a obra de 1928 foi lançada fora de seu tempo e por isto é atual para nós Conrad Veidt é Gwynplaine que na década de ouro do século XX estava adiante de seu tempo, isto significa pense bem, o quanto estamos atrasados entenderam? Quantas mensagens sobre cobiça e ganância Gwynplaine de Veidt e dos heróis do cinema expressionista alemão tentaram repassar para nós que não foram escutadas, exatamente porque o pior cego é o que não quer enxergar e não porque o cinema era mudo.
Cesare, foi a primeira interpretação do homem que ri e ali se constitui a essência do medo e da anarquia, mas ele não tinha carisma, matava por matar, Gwynplaine era nobre, conhecia o amor, a vida era amarga pela deformidade em seu rosto mas nada lhe tirava o folego do conhecimento, nem perder tudo duas vezes na vida, enfrentar reis e rir da cara do sistema absolutista decadente era uma forma de ser que  foi capturada pelo gênio de Bob Kane e transformada no maior inimigo do Batman (e da sociedade moderna), um sociopata sem nenhum escrúpulo cujo único desejo é fomentar o desespero através de uma pandemia no sistema, o Coringa que é  ícone da cultura Pop de nossos tempos. Da pra assisir de graça no youtube.





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