No título escrevo arcos do expressionismo e não marcos e é proposital.
Primeiro, marco fica ruim porque era a moeda deles, segundo usando a palavra
arcos eu posso desenhar com as palavras e em terceiro com arcos utilizamos
refêrencias para diferentes ícones da cultura pop. Por exemplo, não tem
cabimento o remake de 2012 de “O Homem que Ri” porque ele praticamente está
fora de seu tempo, ou seja, a obra de 1928 foi lançada fora de seu tempo e por
isto é atual para nós Conrad Veidt é Gwynplaine que na década de ouro do século
XX estava adiante de seu tempo, isto significa pense bem, o quanto estamos
atrasados entenderam? Quantas mensagens sobre cobiça e ganância Gwynplaine de
Veidt e dos heróis do cinema expressionista alemão tentaram repassar para nós
que não foram escutadas, exatamente porque o pior cego é o que não quer
enxergar e não porque o cinema era mudo.
Cesare, foi a primeira interpretação do homem que ri e ali se constitui a essência
do medo e da anarquia, mas ele não tinha carisma, matava por matar, Gwynplaine era nobre, conhecia o amor,
a vida era amarga pela deformidade em seu rosto mas nada lhe tirava o folego do
conhecimento, nem perder tudo duas vezes na vida, enfrentar reis e rir da cara
do sistema absolutista decadente era uma forma de ser que foi capturada pelo gênio de Bob Kane e
transformada no maior inimigo do Batman (e da sociedade moderna), um sociopata
sem nenhum escrúpulo cujo único desejo é fomentar o desespero através de uma
pandemia no sistema, o Coringa que é ícone da cultura Pop de nossos tempos. Da pra assisir de graça no youtube.
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